O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de misturas comerciais de ácidos orgânicos e inorgânicos, associados a óleos essenciais, para leitões em fase de creche. Os produtos testados foram administrados na forma microencapsulada ou como sais de ácidos. Foram utilizados 96 leitões da linhagem PenAr Lan, machos castrados e fêmeas, desmamados com 6,00 kg ± 1,2 kg de peso vivo e 23 dias de idade, submetidos a quatro tratamentos. Os animais foram distribuídos em blocos ao acaso, em baias com três animais, contemplando oito repetições por tratamento. Os tratamentos corresponderam às seguintes dietas: controle (livre de ácidos orgânicos); mistura de ácidos e óleos essenciais: (ácido fumárico: 10,5%, ácido málico: 8,0%, óleos essenciais; na forma microencapsulada); mistura de ácidos microencapsulados (ácido fosfórico: 10%, ácido cítrico: 10%, ácido málico: 10%, ácido fumárico: 20%; na forma microencapsulada); mistura de sais de ácidos (ácido fórmico: 40,5%, ácido fosfórico: 13,6%, ácido propiônico: 4,9% e seus sais: 23,2% de cálcio e 4,4% fósforo disponível). Não houve diferença entre os tratamentos para os parâmetros de desempenho, tempo de trânsito da dieta, peso dos órgãos do trato digestório, contagem bacteriana nas fezes (Lactobacillus, E. coli, Salmonella ssp e Clostridiun) e pH do conteúdo estomacal e duodenal. Todos os tratamentos com ácidos orgânicos determinaram efeito
positivo (P<0,05) no controle da diarreia. Os níveis de ácidos graxos voláteis (AGV) no conteúdo cecal foram mais elevados nos leitões alimentados com dietas contendo ácidos em relação à dieta controle (P<0,05) e as mistura de ácidos associados com óleos essenciais resultou em maior altura de vilosidades do jejuno em relação ao grupo controle. O uso de dietas contendo ácidos melhorou o controle da diarreia e a produção de AGV no ceco, sendo observado que a mistura de ácidos orgânicos microencapsulado
tem estas ações sob doses mais baixas.