A castração cirúrgica tem como finalidade reduzir o odor sexual na carne suína, que é provocado pela presença dos hormônios sexuais quando os machos abatidos são intactos. Consequentemente, para evitar este odor desagradável, a castração cirúrgica se tornou uma prática regular na suinocultura industrial em muitos países. No entanto, a castração é um processo que causa mutilação, agride tecidos muito sensíveis e provoca dor aguda e crônica. Consequentemente, devemos buscar métodos que eliminem a castração cirúrgica ou aplicarmos técnicas que mitigam a dor durante e após o processo cirúrgico. Outro aspecto negativo da castração cirurgia, são as complicações decorrentes da mesma, como as infecções secundárias.
Devido aos aspectos negativos sobre o bem-estar animal decorrentes da castração, parte da sociedade tem questionado esta prática. Nos países da União Europeia, castração cirúrgica dos machos é permitida por meios que não sejam por descolamento dos tecidos até o 7º dia de vida dos leitões. Caso seja realizada após este dia, o procedimento cirúrgico deve ser acompanhado de anestesia e analgesia prolongada e realizada por um veterinário. No entanto, no ano de 2010, foi criado um acordo voluntário para busca de alternativas para a castração cirúrgica na União Europeia que culminaria com o banimento desta prática no ano de 2018. Assim, ficam os questionamentos: Como está este processo de banimento da castração nos diferentes países? Quais os métodos alternativos que estão sendo aplicados? A União Europeia conseguirá atingir seus objetivos até o final do ano de 2018?
No Brasil, a alternativa viável para castração cirúrgica é a imunocastração, que é uma prática que atende tanto aos quesitos de bem-estar animal como as necessidades da indústria da carne suína.